queloide – poemas cicatriciais

[ livro finalista no prêmio dente de ouro 2016, na categoria ‘publicação de arte, foto, design, experimental ou conceitual’ ]

[…] vejo que é como artista plástica que você compõe queloide – poemas cicatriciais, cujo encadeamento se dá não apenas pela sequência lógico-narrativa de seus versos, mas pela forma como as palavras foram dispostas nas páginas – como elementos quase que puramente gráficos –, que delineiam uma espécie de paisagem-cenário, a reforçar a significação daquilo que está sendo dito. concorrem, também, para a construção do sentido o entremear dos planos de cor, enquanto tonalidades afetivas que variam ao longo do poema: o coração enamorado se manifesta na vibração calorosa do vermelho, a carência renitente ricocheteia, pra lá e pra cá, na platitude do branco e a dor do luto se afunda na lassidão do negro. não é menos significativa, ainda, a inspiração musical, conforme nos indicam principalmente os versos com os quais você inicia e finaliza o poema, que você dividiu em quatro partes. assim sendo, percebo que é como mote que a canção “um dia”, de caetano veloso, reverbera na epígrafe de queloide:

            cresce
 pé de avenca

            vera avenca de caetano
            cresce pé de avenca
            leva junto todo pranto

trecho da carta que a fada-madrinha, gigi, escreveu sobre o livro de ana rocha

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queloide – poemas cicatriciais
ana rocha
polvilho edições, 2016

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12x15cm, 2×1 cores, papel pólen soft 70g, 152 páginas, offset
capa em papel curious skin red 270g, relevo-seco
carta anexa 46,5×11,5cm, 1×0 cor, papel pólen soft 70g, offset
tiragem de quinhentos exemplares